Nesta sexta, dia 1º de dezembro, às 19h, empregados(as) da Caixa se reúnem virtualmente para debater a renovação do Saúde Caixa. O encontro precede a rodada de assembleias locais, agendada para 5 de dezembro, em que a proposta fechada com o banco será votada.
Após quase seis meses de negociações, a representação dos trabalhadores conseguiu que a Caixa Econômica Federal aceitasse uma proposta para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Saúde Caixa que mantém o percentual de contribuição dos titulares do plano em 3,5% sobre a remuneração básica e, para aqueles que têm dependentes, fixa um limite para o comprometimento da renda dos trabalhadores em até, no máximo 7% por grupo familiar.
Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, ressalta a importância da participação do maior número possível de empregados(as), para que se tenha conhecimento da proposta. “Foi uma longa negociação. Precisamos mostrar como foi este processo e esclarecer as dúvidas que estão surgindo, para que todos votem de forma consciente", diz. Fabiana e Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae, estarão presentes na plenária.
Sabrina Muniz, diretora da Fetrafi-Rs e representante do RS na CEE Caixa, afirma que "esse é o momento crucial para sanar as dúvidas e aprofundar a discussão sobre o Saúde Caixa, porque temos uma grande responsabilidade no dia 5 de dezembro", enfatiza.
Para Lucas Cunha, diretor de Comunicação e Cultura do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, a plenária de sexta será o momento para se entender todo o processo de negociação que resultou na proposta que irá à votação. "Podemos apontar os prós e os contras, mostrar em que aspecto avançou e falar sobre os pontos que precisam melhorar nas futuras negociações", observa.
Um pouco da proposta
A coordenadora da CEE diz que, comparado com as outras estatais, o limite de 7% é um dos menores. “No plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi), por exemplo, é 7,5%, com contribuição do titular de 4%, além de percentuais adicionais escalonados para dependentes”, observou.
Fabiana informou ainda que a proposta foi estabelecida na negociação com a Caixa a partir de parâmetros que preservam a solidariedade e o pacto intergeracional, que são princípios do Saúde Caixa desde a criação do plano. “Assim, não penaliza os empregados de menor salário e os mais idosos, além de equilibrar o custeio e manter a sustentabilidade do plano e as condições para manter a viabilidade para que todos permaneçam”, explica.
Durante as negociações, a Caixa apresentou projeções atuariais que apontavam déficits e sugeriam a quebra dos princípios de solidariedade e do pacto intergeracional, e o pagamento de parcelas extraordinárias pelos usuários, para o equacionamento dos déficits, além do reajuste dos valores das parcelas mensais para evitar novos déficits.
Para a coordenadora do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a proposta foi a possível para não onerar mais os empregados e manter a sustentabilidade do plano para todos os empregados. “Não foi uma negociação fácil, mas conseguimos chegar a uma proposta sem aumento para o titular que não tem dependente. Isso é um avanço importante”, destacou, ressaltando que há déficits robustos no plano a equacionar.
Link para plenária:
https://us06web.zoom.us/j/82446708849?pwd=fIVuWVhTmUgYHtx6cfHwVyEnaBCaax.1
ID da reunião: 824 4670 8849
Senha: 309891
Fonte: Fetrafi-RS, com informações da Contraf-CUT